Sunday, October 28, 2012

Àdàlù èdè – Apá Kinni: Yorùbánglish, um Iorubá quebrado e misturado




A partir dessa postagem, começamos uma série de quatro matérias abordando o uso da língua Iorubá em alguns contextos da vida moderna.  Isso porque pensamos que a preservação da Língua como legado cultural dos povos ligados a raiz ancestral do tronco Iorubá, é item incontornável da manutenção da dessa identidade Africana na Terra Mãe e na Diáspora. Um povo sem sua Cultura é um povo escravizável, sem História e sem futuro. Não podemos perder o traço da diferenciação entre homens e robôs humanos. A sociedade de consumo é, sem dúvida, a página mais estúpida que a humanidade jamais inseriu na sua História. Como fruto da Grande Árvore (Jeje-)Nagô-Iorubá, sinto o compromisso quanto a preservação dessa Cultura. E assim, na caminhada que desenvolvo ao longo dessa luta, encontro fatos, acontecimentos, tendências e nuances que, penso valer a pena dedicar uma parte do tempo registrando o meu testemunho, e de pessoas da Grande Família (Jeje-) Nagô-Iorubá. Com esse sentimento permanentemente presente no coração e na mente, eis que encontro em uma das páginas que compõem o site Abeokuta, acessível através do link:


dois textos bem interessantes sobre o Iorubá, com os seguintes títulos: ̏ Yorùbánglish? ˝ e ̏ Àdàlù èdè  – Pigeon Yoruba .
Nos vamos dividir as nossas abordagens em quatro intervenções as quais pretendemos inserir a taxa de um post por semana

No primeiro se lê o seguinte conteúdo:

Yorùbánglish?

Ní Amẹ́rikà èdè kan wà ti wọn pè ní Spanglish. Èdè yìí jẹ́ àdàlù èdè Spanish (Español)  pẹ̀lú èdè Gẹ̀ẹ́sì (English). Ọ̀pọ̀lọ́pọ̀ àwọn alákọ̀wé (ti wọn jẹ́ ọmọ Yorùbá) ti wọn bá sọ̀rọ̀, ẹ máa şe àkíyèsí pe àdàlù èdè Yorùbá pẹ̀lú Gẹ̀ẹ́sìwọn sọ, èyí ni a lè pè ni  ̏ Yorùbánglish ˝. Ę wo àpęrę yìí lati inú ìwé ọlọmọ̀wé (akadá) ti Ọ̀jọ̀gbọ́n Adélékè Fákọ̀yà (lati ilé-ẹ̀kọ́ giga yunifásitì ìpínlẹ̀ Èkó) kọ ni ọdún 2008:

"Gbgbo time ti mo fi wà ni abroad yęn, almost everyday ní mo má ń visit Mc Donald´s as if pe ti mi o bá eat out at least once a day, mo ma kú instantly ní. By the time ti mo fi move from Las Vegas to Maryland, it was a different story altogether. These days, mò spend a whole month kí nmá taste any of those junk ti  wọn máa n display ni gbogbo  àwọn restaurant yęn ".
De um total de 80 palavras, 34 são palavras do Iorubá e o restante é formado por palavras do Inglês.
Vamos traduzir o primeiro parágrafo para o Portugues:
" Existe uma língua informal na América que é frequentemente referida como Espanglish. É uma mistura de Inglês e Espanhol. Se você escutar uma conversa entre pessoas educadas da elite Iorubá, você vai notar que eles falam uma mistura de Ingles e Iorubá, e é isso que eu chamo de Yorùbánglish. Vejam esse exemplo tirado de um trabalho acadêmico escrito pelo Dr. Adélékè Fákọ̀yà (da Universidade Estadual de Lagos) em 2008. O exemplo é esse texto que segue logo acima e que explicaremos na próxima semana.
.Enquanto isso, voce tentaria uma tradução ?

Referencias:

1.      Abeokuta Page http://www.abeokuta.org/yoruba/?cat=112   acessado em 28 de outubro de 2012 11h30min;


2.      Imagem: Seatle Repertory Theatre, Old Tradition, modern Stories http://blog.seattlerep.org/old-traditions-modern-stories/  acessado em 28 de outubro de 2012 11h49min;

Friday, October 26, 2012

O Cinema Nigeriano nas telas da Caixa Cultural, Rio de Janeiro



* Mostra “Nollywood – O caso do cinema nigeriano” reúne 12 filmes inéditos no Brasil e 4 mesas de debate com convidados internacionais
A CAIXA Cultural Rio de Janeiro apresenta, de 06 a 18 de novembro, a mostra “Nollywood – O caso do cinema nigeriano”, com uma seleção de 12 filmes produzidos em Nollywood, a indústria cinematográfica da Nigéria, que em 2012 celebra oficialmente vinte anos. Todos os filmes são inéditos no Brasil, selecionados pelos curadores Maria Pereira e Bond Emeruwa.
A programação fornece ao público um panorama histórico das expressões e práticas de Nollywood, desde o clássico “Living in Bondage” até “Tango With Me” - grande produção recentemente em cartaz no circuito nigeriano e europeu -, e traz alguns de seus profissionais mais expoentes para mesas de debates na CAIXA Cultural.
“Na escolha dos títulos, uma lista de dificuldades, a começar pelo desafio de eleger 12 filmes de uma cinematografia vastíssima e inédita no Brasil. Foram pré-selecionados 35 filmes a partir de sua relevância na história de Nollywood, seja pelo êxito comercial alcançado, debate que foi capaz de provocar na sociedade ou pela notoriedade obtida internacionalmente. Para este olhar histórico foram considerados três grandes períodos. Momentos que, segundo profissionais nigerianos e estudiosos sobre o tema, marcam propostas estéticas e estruturas de produção e distribuição da indústria: 1992-98 (conhecida como “The Beggining” ou “Classics VHS”); 1999-2007 (nomeada como o Boom); e 2008 até o presente (chamada de Nollywood Now ou New Nollywood)”, explica a curadora Maria Pereira.
No período de 14 a 17 de novembro (quarta-feira a sábado), sempre às 19h, acontecem os debates com diretores dos filmes programados e especialistas como Zeb Ejiro, Kunle Afolayan, Mahmood Ali-Balogun, Marco Aurélio Marcondes, Julia Levy, Jonathan Haynes, além do curador Bond Emeruwa, cineasta e produtor nigeriano, também presidente da Associação de Cineastas de Nollywood. Entre os temas em pauta, o contexto de realização e difusão de Nollywood, sua projeção no continente africano e propostas alternativas para o cinema brasileiro inspiradas na experiência nigeriana. 
Nollywood
Datada a partir do lançamento de “Living in Bondage” (1992), de Chris Obi Rapu, a indústria cinematográfica nigeriana vem fazendo juz ao seu nome de batismo “Nollywood”, conquistado a partir do estouro vivenciado no início deste século. Desde a pesquisa realizada pela UNESCO em 2006, o número de produções filmográficas na Nigéria duplicou. Hoje, a indústria supera as historicamente dominantes Hollywood e Bollywood com seus mais de 1500 longas-metragens por ano, emprega milhares de profissionais e estima-se que corresponda a cerca de 90% do consumo cinematográfico nacional.
Realizados em poucos dias e com equipamentos simples (atualmente todos digitais), os filmes se mostram um bom negócio: o custo de produção é baixo (entre 4 mil e 100 mil dólares), os pontos de venda são muitos e o público é vasto e assíduo. Com mais de 50% das obras em inglês, os filmes da Nigéria conquistam ainda milhares de espectadores ao redor da África e vêm inspirando um outro cinema possível e sustentável a países com baixa estrutura econômica e tecnológica, como Gana, Quênia, Uganda e Mali.  
A estrutura desenvolvida não acompanha, porém, até o momento, a organização e preservação das obras, dificultando o acesso do público a filmes que já saíram do mercado. No Brasil, nenhuma produção chegou ainda no circuito comercial e o caso de Nollywood é desconhecido pela maioria. Por esse motivo, a mostra é uma oportunidade especial para conferir alguns dos filmes e profissionais que marcam uma das principais indústrias de cinema da atualidade.

Programação:
terça-feira – 06/11
15h30: Living in Bondage (Diretor Chris Obi Rapu, 1992, 120 minutos, 14 anos)
18h: This is Nollywood (documentário, Diretor Franco Sacchi, 2007, 55 minutos, Livre)

quarta-feira – 07/11
15h30: Ti Oluwa Ni (Diretor Tunde Kelani, 1993, 110 minutos, 10 anos)
17h30: Mortal Inheritence (Diretor: Andy Amenechi, 1995, 110 minutos, 10 anos)

quarta-feira – 08/11
15h30: Domitilla (Diretor Zeb Ejiro, 1996, 106 minutos, 18 anos)
17h30: Issakaba (Diretor Lancelot Ouduoa Imasune, 2001, 96 minutos, 18 anos)

sexta-feira – 09/11
15h30: Aki na Ukwa (Diretor Amayo Uso Phullips, 2002, 86 minutos, Livre)
17h30: Ousofia in London (Diretor Kingsley Ogoro, 2003, 85 minutos, Livre)

sábado – 10/11
15h30: This is Nollywood (documentário, Diretor Franco Sacchi, 2007, 55 minutos, Livre)
17h30: Check Point (Diretor Bond Emeruwa, 2006, 110 minutos, 14 anos)

domingo – 11/11
15h30: Tango with me (Diretor Mahmood Ali-Balogun, 2011, 110 minutos, 14 anos)
17h30: Emotional Crack (Diretor Lancelot Imasuem, 2003, 120 minutos, 14 anos)

terça-feira – 13/11
15h30: Ti Oluwa Ni (Diretor Tunde Kelani, 1993, 110 minutos, 10 anos)
17h30: The Figurine: Araromire (Diretor Kunle Afolayan, 2009, 120 minutos, 14 anos)

quarta-feira – 14/11
15h: Domitilla (Diretor Zeb Ejiro, 1996, 106 minutos, 18 anos)
17h: Mortal Inheritence (Diretor: Andy Amenechi, 1995, 110 minutos, 10 anos)
19h – Debate: “Nollywood no contexto do cinema africano”
Debatedores: Jonathan Haynes e Bond Emeruwa
20h30 – 21h30: Coquetel + DJ Rajão

quinta-feira – 15/11
15h – 16h30: Aki na Ukwa (Diretor Amayo Uso Phullips, 2002, 86 minutos, Livre)
17h – 18h40: Issakaba (Diretor Lancelot Ouduoa Imasune, 2001, 96 minutos, 18 anos)
19h – Debate: “Nollywood: discursos e formas estéticas”
Debatedores: Kunle Afolayan e Jonathan Haynes

sexta-feira – 16/11
15h30: Ousofia in London (Diretor Kingsley Ogoro, 2003, 85 minutos, Livre)
17h30: This is Nollywood (documentário, Diretor Franco Sacchi, 2007, 55 minutos, Livre)
19h – Debate: “Contexto de realização e distribuição do cinema nigeriano”
Debatedores: Mahmood Ali-Balogun e Zeb Ejiro
Sábado – 17/11
15h: Check Point (Diretor Bond Emeruwa, 2006, 110 minutos, 14 anos)
17h: Tango with me (Diretor Mahmood Ali-Balogun, 2011, 110 minutos, 14 anos)
19h – Mesa redonda: “Cinema brasileiro: outros mundos possíveis”
Debatedores: Marco Aurélio Marcondes; Julia Levy; Bond Emeruwa; Mahmood Ali-Balogun; Zeb Ejiro; Kunle Afolayan

Domingo – 18/11
15h: The Figurine: Araromire (Diretor Kunle Afolayan, 2009, 120 minutos, 14 anos)
17h30: Living in Bondage (Diretor Chris Obi Rapu, 1992, 120 minutos, 14 anos)

Serviço:
Mostra “Nollywood – O caso do cinema nigeriano”
Local: CAIXA Cultural Rio de Janeiro – Cinema 2
Endereço: Av. Almirante Barroso, 25, Centro (Metrô: Estação Carioca)
Datas: de 06 a 18 de novembro de 2012
Telefone: (21) 3980-3815
Ingressos: R$ 2,00 (inteira) e R$ 1,00 (meia). Além dos casos previstos em lei, clientes CAIXA pagam meia.
Bilheteria: de terça-feira a domingo, das 10h às 20h
Lotação: 80 lugares (mais 3 para cadeirantes)
Acesso para pessoas com deficiência
Classificação: Consultar classificação por filme
Patrocínio: Caixa Econômica Federal e Governo Federal
Programação completa da CAIXA Cultural: www.caixa.gov.br/caixacultural  
 * Contribuição original: Maria Pereira, Praga Conexões

Tuesday, October 23, 2012

Os dias da semana Iorubá



No calendário iorubá (Kojoda), o ano começa no dia 3 junho e termina no dia 2 junho do ano seguinte. De acordo com esse calendário, o ano gregoriano de 2008 da era Cristã,corresponde ao ano 10050 da Cultura Iorubá. A semana tradicional Iorubá é composta de quatro dias. Cada um desses quatro dias são dedicados aos Orixás mediante a associação que descrevemos a seguir:

O 1 º dia é dedicado a Obatalá (Sapanna, Ìyáàmi, e Egungun)

O 2 º dia é dedicado a Orunmila (Esu e Osun)

O 3º  dia é dedicado a Ogun

O 4º dia é dedicado a Sango (Oya)

Para se reconciliar com o calendário gregoriano, os iorubas medem o tempo também  em sete dias por semana e quatro semanas por mês. O calendário de quatro dias, foi criado em observncia a mitologia Orixá, enquanto que o calendário de sete dias é usado para as transações e negócios em geral e outros afazeres ligados a vida ocidental.

Assim, os sete dias são:

Ọjọ́ Àìkú (Domingo). O significado é: dia em que não se morre;
Ọjọ́ Ajé (Segunda-feira) O significado é: dia do lucro;
Ọjọ́ Ìṣẹ́gun (Terça-feira). O significado é: dia da vitória;
Ọjọ́-rírú/Ọjọ́rú (Quarta-feira). O significado é: dia da confusão ou dia do sacrificio;
Ọjọ́bọ̀/Ọjọ́ Àṣẹ̀ṣẹ̀ Dáyé (Quinta-feira): O significado é: dia da chegada ou dia da criação recente;
 Ọjọ́ Ẹtì (Sexta-feira): O significado é: dia da falência;
Ọjọ́ Àbá Mẹ́ta (Sábado): O significado é: o dia das três sugestões. (sábado).

REFERENCIAS:
1.      Imagem: Yoruba Traditional Art   http://en.wikipedia.org/wiki/Yoruba_traditional_art  acessado em 23 de outubro de 2012 22h14min