O título é, literalmente,
a saudação mais conhecida dirigida ao Orixá Iansã.
Na nossa Bahia,
denominada mui sabiamente de “A Roma Negra” em pronúncia feliz realizada pela
Saudosa Mãe Aninha ou Ọba Biyi, do Axé Opo Afonjá, Iansã é muito cultuada
dentro e fora dos nossos Templos de Matriz Africana. Na Mitologia Yoruba o nome Ọya (que nós pronuciamos ´Oyá´) provém do rio de mesmo nome na Nigéria, onde seu culto é
realizado, atualmente chamado de rio Níger. Na Nigéria, Ọya é uma divindade das águas como Ọ̀ṣun e Yemọja, mas também é relacionada ao elemento ar, sendo uma das
divindades que ao lado de Ayrá e Orìṣà Afẹ̃fẹ controla os ventos. Costuma ser reverenciada antes de Ṣàngó (Xangô) como o
vento personificado que precede a tempestade. Assim como a Orixá Obá, Oyá
também está relacionada ao culto dos mortos, onde recebeu de Xangô a
incumbência de guiá-los a um dos nove céus de acordo com suas ações. O nome Iyánsan,
entretanto, é um título dado a Oyá, por Xangô, em referencia a sua função junto
a humanidade no entardecer da vida faz (ou `ọ̀san`). Iyásan (que para a nossa
pronúncia se reduz a Iansã) quer dizer A mãe (Iyá) do entardecer(ọ̀san).
Ainda há versões que traduzem como a A mãe do céu rosado. Eu, particularmente, prefeiro aquela
primeira, em negrito. Era como Ele a chamava pois dizia que ela era
radiante como o entardecer. Os nossos Irmãos Africanos da tradição Orixá e os de
fora também, costumam saudá-la antes das tempestades pedindo a ela que apazigue
Xangô, o Orixá dos trovões, raios e tempestades pedindo clemência, pronuciando
assim:Ẽpa
he, Ọya, Iyá mẹsan ọ̀run!.
Traduzindo, enquanto
analisamos a etmologia, teremos os seguontes componentes: Ẽpa he = Saudação a
sua ligação com Xangô, um dos grandes líderes da fraternidade Ògbóni na segunda parte, a expressão Iyá = Mãe; mẹsan
= nove; ọ̀run = céus.
Então,
Ẽpa
he, Ọya, Iyá mẹsan ọ̀run!
Referencia:
2.
Imagem: Tempestade
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